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ISTAMBUL

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Divisa entre o ocidente e o oriente, Istambul tem uma história muito marcante, repleta de impérios, conflitos e reviravoltas. E é justamente isso que a torna uma cidade fascinante.

Muito desta incrível história é devido a sua localização. A definição de “estreito” é um acidente geográfico que separa duas massas continentais, ligando duas massas oceânicas através de um canal. O Estreito de Bósforo é o canal que liga o Mar de Mármara com o Mar Negro, separando a Europa da Ásia. Istambul está localizada sob o Estreito de Bósforo e é a única do mundo a se localizar em dois continentes diferentes ao mesmo tempo. Sua importância geopolítica é sem igual e por isso sempre foi fonte de poder e alvo de cobiça.

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A península da Anatólia, que constituiu a maior parte do que é a Turquia hoje, é uma das regiões continuamente habitadas a mais tempo no mundo. Os seus assentamentos neolíticos encontram-se entre os mais antigos do planeta.

A anatólia foi conquistada pelo Império Aquemênida nos séculos VI e VII a.c. e posteriormente por Alexandre, o Grande em 334 a.c. Após a morte de Alexandre a Anatólia foi dividida em pequenos reinos helenizados, reinos estes que foram absorvidos pela República Romana no século I d.c.

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Constantinopla foi construída pelo imperador romano Constantino I no ano 330 onde se encontrava a antiga colônia grega de Bizâncio. Constantino inicialmente deu a cidade o nome de Nova Roma (após sua morte torna-se Constantinopla) e a converteu na capital do Império Romano do Oriente, que passaria a ser também capital do Império Bizantino após a queda de Roma em 476.

No seu auge, por volta do século XI, a cidade chegou a ter 1 milhão de habitantes e era a mais rica e populosa da Europa na época. Constantinopla estava protegida por um cinturão duplo de muralhas e seu centro tinha grandes e majestosos edifícios públicos como o palácio imperial, o hipódromo, o senado e a catedral Santa Sofia.

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Note que tudo isso já aconteceu no território onde é a Turquia hoje e até agora ainda não falamos dos turcos propriamente ditos… Pois bem:

Os Seljúcidas eram um ramo dos turcos oguzes que no século X viviam na periferia dos domínios muçulmanos dos Abássidas, a norte dos mares Cáspio e Aral. No século XI os seljúcidas começaram a abandonar suas terras ancestrais e a migrar para as regiões orientais da Anatólia, que se tornaria sua pátria após derrotarem os bizantinos na Batalha de Manziquerta em 1071.

Em 1243 os exércitos seljúcidas foram derrotados pelos mongóis, o que causou a progressiva desintegração do poder seljúcida, que na prática passou para as mãos de uma série de principados (beilhiques ou beyliks). Um destes beilhiques, o dos otomanos, acabou por ser impor aos demais, principalmente a partir do reinado de Osman I, que declarou a independência em 1299 e é oficialmente considerado o fundador da dinastia otomana. Este beilhique otomano expandiu-se e foi absorvendo os restantes estados turcos da Anatólia , virando o Império Otomano.

No dia 29 de maio de 1453 os otomanos liderados pelo sultão Mehmed II acabaram com o Império Bizantino ao conquistarem sua capital, Constantinopla, um acontecimento que muitos consideram marcar o fim da idade média.

O Império Otomano atingiu o seu apogeu nos séculos XVI e XVII, quando foi uma das maiores potências mundiais, os territórios sob administração otomana estendiam-se sobre uma área de 5,6 milhões de km².

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Os séculos XVIII e XIX foram de declínio para o Império Otomano, que foi diminuindo em tamanho, poderio militar e riqueza. No início do século XX a Alemanha tornou-se um dos principais aliados do império, o que levou os otomanos a entrarem na Primeira Grande Guerra ao lado dos Impérios Centrais. Apesar das vitórias obtidas por Mustafa Kemal (que viria a se tornar um herói nacional e ficar conhecido como Ataturk), as forças britânicas e francesas ganharam a guerra e isso representou uma pesada derrota para o Império Otomano.

Após a Primeira Guerra Mundial o nome Constantinopla foi mudado para Istambul, que na verdade é a forma como os turcos pronunciam “Constantinopla”.

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França, Itália, Reino Unido e Grécia tinham muito interesse nos territórios Otomanos e queriam a partilha do império após o fim da guerra. A ocupação de Istambul pelos aliados e de Esmirna pelos Gregos levaram a criação Movimento Nacional Turco sob a liderança de Mustafa Kemal, que se opunha a divisão e ocupação do país. A sua fundação é apontada como o primeiro evento da Guerra de Independência Turca.

O Império Otomano terminou oficialmente em 1 de novembro de 1922 quando Mehmed II foi destituído do cargo de sultão e califa. A República da Turquia foi oficialmente proclamada em 29 de outubro de 1923 e em 24 de julho de 1923 foi assinado o Tratado de Lausana, onde se reconhecia o governo dos nacionalistas sediado em Ancara como sucessor do poder otomano e se definiam as fronteiras da Turquia.

Mustafa Kemal torna-se o primeiro presidente da república e vira o “mito” Ataturk (que significa pai dos turcos) ao empreender um vasto programa de reformas que tinham como objetivo tornar a Turquia um estado secular moderno, baseado na ideologia que é conhecida como kemalismo.

As mulheres passam a ter os mesmos direitos que os homens, é publicado um código civil baseado no suíço e um código penal baseado no italiano. Foi lançada uma reforma drástica na educação, que passou a estar a cargo do estado, acabando com o domínio islâmico da educação. Foi adotado o alfabeto turco, o uso de roupa ocidental foi encorajado e o uso de véus e turbantes em instituições públicas proibidos.

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A Turquia tem vivido em democracia desde as eleições de 1999, mas é notória a fratura entre os partidos islâmicos moderados no poder e os setores mais tradicionalistas. Os que estão no poder são mais fiéis ao secularismo herdado do kemalismo e os mais tradicionalistas são adeptos de reformas no regime pois eles tem interesse em acabar com as proibições radicalmente laicas impostas por Ataturk. E de outro lado ainda estão os militares, que continuam com muito poder político e que desde o tempo da Guerra de Independência se assumem como guardiões da ideologia de Ataturk.

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Como podem notar muitas coisas aconteceram naquelas terras, foram muitos povos, muitas influências de culturas diferentes. E todo esse universo de imperadores, sultões, conflito e disputas de territórios tiveram como epicentro Istambul, ou Constantinopla ou Bizâncio em outras épocas…

Gregos, Romanos, Persas, Otomanos, cada império que passou por lá deixou a sua marca nos costumes, religião, arquitetura, culinária, música e toda forma de arte. Tudo isso criou um mosaico autêntico e instigante.

Sabe aquela coisa intangível, um sentimento, uma sensação que costumamos chamar de “atmosfera” ou “ambiente” que sentimos somente em alguns locais? Pois é, Istambul tem isso de sobra.

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As belezas, os contrastes, as construções, a imponência, o povo, os cheiros, sabores e o som ecoando das mesquitas fazem com que Istambul ultrapasse o limite do lindo e charmoso que vemos em muitos lugares que viajamos e atinja um outro patamar, aquele que eleva o visitante a uma experiência onírica e transformadora.

Interessado em ir para Istambul? Entre em contato conosco, conhecemos e amamos esta cidade e vamos preparar um roteiro inesquecível para você.

10714899_1477811689157489_146325072_n* Fotos HABIP DENIZ

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